Comunicação receptiva: o uso de apoio visual no autismo
Série Hilde De Clercq
AUTISMO A PARTIR DE DENTRO: UM GUIA PRÁTICO
- CURSO 2 -
SOBRE O CURSO
Este curso aborda a comunicação receptiva no autismo: como comunicar o que queremos à pessoa com autismo de modo que ela compreenda. Com muitos exemplos práticos, a professora apresenta uma grande variedade de recursos da comunicação aumentativa, ou apoio visual, que permitem dar respostas visuais às perguntas: “o quê?”, “onde?”, “quando?”, “como?”, “por quê?”, “quanto tempo?”. São discutidas as razões para se usar apoio visual com pessoas com autismo, a primeira das quais é o fato de elas serem “pensadoras visuais”. A organização do espaço é abordada como uma forma de comunicação, com exemplos de diferentes tipos de espaço e suas possibilidades de adaptação. São tratados os diferentes “dialetos” da linguagem visual e os diferentes níveis de compreensão das pessoas com autismo. A professora enfatiza o cuidado que é preciso ter no momento de fazer escolhas e apresenta um instrumento de avaliação que ajuda a tomar decisões adequadas a esse respeito (ComFor). O curso explica como usar recursos como a agenda diária, o cronograma de trabalho, a organização de trabalho e a análise de tarefas na prática diária. A importância e necessidade de individualização são reforçadas ao longo de todo o curso.
O QUE VOCÊ VAI APRENDER
O curso é dividido em módulos de conteúdos. Passe o mouse sobre cada módulo para conferir os nomes das aulas:
1. Módulo Introdutório
Vídeo introdutório sobre o uso da plataforma de aulas e explicação sobre o funcionamento do curso
2. A importância do uso de apoio visual
4 aulas
1. Por que usar o apoio visual I: visão geral
2. Por que usar o apoio visual II: redução de estresse, previsibilidade
3. Por que usar o apoio visual III: autoestima, o pensar em detalhes
4. Por que usar o apoio visual IV: respostas visuais
3. Organização e adaptação do espaço como forma de comunicação
4 aulas
1. Organização do espaço I: atividade, comportamento, individualização e tipos de espaço
2. Organização do espaço II: canalização de comportamentos
3. Organização do espaço III: adaptação, clareza e níveis de proteção
4. Organização do espaço IV: necessidades individuais e possibilidades de adaptação da área de trabalho
4. Formas de comunicação visual, níveis de compreensão, previsibilidade e gerenciamento do tempo
6 aulas
1. A variedade na linguagem visual e a importância da individualização
2. O ComFor e os níveis de compreensão das diferentes formas de comunicação
3. Exemplos concretos de uso de apoio visual: os níveis do objeto e da imagem
4. A agenda diária I: visibilidade e previsibilidade
5. A agenda diária II: a forma
6. Apoio visual: uma história de Natal
5. A estruturação do trabalho na prática com o uso de apoio visual
6 aulas
1. Cronograma de trabalho I
2. Cronograma de trabalho II
3. Organização do trabalho I
4. Organização do trabalho II
5. Análise de tarefas I
6. Análise de tarefas II e conclusão
O QUE VOCÊ VAI APRENDER
O curso é dividido em módulos de conteúdos:
1. Módulo introdutório
1. Vídeo introdutório sobre o uso da plataforma de aulas e explicação sobre o funcionamento do curso
2. Vídeo chamada do curso
2. As características cognitivas das pessoas com autismo e sua influência na vida cotidiana - 5 aulas
AULAS:
1. Como as pessoas com autismo tratam a informação
2. Consequências práticas das características cognitivas das pessoas com autismo I
3. Consequências práticas das características cognitivas das pessoas com autismo II
4. Consequências práticas das características cognitivas das pessoas com autismo III
5. Consequências práticas das características cognitivas das pessoas com autismo IV
3. Como o pensamento perceptual afeta as interações sociais e o manejo das emoções no autismo - 6 aulas
AULAS:
1. As dificuldades no processo de formação de conceitos
2. A compreensão do mundo pelos detalhes e o pensamento visual
3. As dificuldades com a compreensão social: emoções, conceitos, gestos, contexto e significado
4. As dificuldades com emoções I: teoria da mente ou colocar-se no lugar do outro
5. As dificuldades com emoções II: interações sociais, significado, comunicação idiossincrática, detalhes perceptuais
6. As dificuldades com emoções III: nomear, entender, comunicar
4. Como o pensamento perceptual afeta a área do jogo e da imaginação no autismo - 7 aulas
AULAS:
1. O pensamento perceptual e sua relação com o jogo e a imaginação I: conceitualização
2. O pensamento perceptual e sua relação com o jogo e a imaginação II: jogo ecolálico, atribuição de significado, aspectos positivos
3. O pensamento perceptual e sua relação com o jogo e a imaginação III: adaptação de atividades, interações sociais, aprendizagem, contextos
4. O pensamento perceptual e sua relação com o jogo e a imaginação IV: contextos, habilidades, pensar em compartimentos, emoções
5. O pensamento perceptual e sua relação com o jogo e a imaginação V: exemplos do pensar em compartimentos
6. O pensamento perceptual e sua relação com o jogo e a imaginação VI: alimentação, figuras de linguagem, situações sociais
7. Fechamento: as consequências do pensar em detalhes
5. Módulo de conclusão
1. Informações finais do curso
2. Avaliação
Sobre a professora
Hilde de Clercq
Hilde De Clercq é conferencista, formadora, linguista e autora de diversos livros sobre autismo. Ela é mãe de um menino com autismo, hoje adulto, e ex-diretora do Opleidingscentrum Autisme em Antuérpia (Bélgica). Tem conduzido oficinas de formação na Europa e em várias partes do mundo sobre temas como comunicação, o estilo cognitivo de pessoas com autismo, especificidades sensoriais, desenvolvimento emocional e interação social entre vários outros.
A circunstância de ser, ao mesmo tempo, profissional do autismo e mãe de uma criança com autismo lhe confere uma autoridade singular: ela consegue fazer o casamento do conhecimento teórico e da erudição livresca com a realidade cotidiana do autismo. A partir da sua vivência, ela encarna, de modo singular, o ponto de vista dos pais e mães.
Hilde De Clercq é conhecida e reconhecida por seu profundo conhecimento do autismo, porém, visto pelo prisma das próprias pessoas com autismo. Mais do que ninguém ela entende que o autismo só pode ser compreendido “a partir de dentro”, e não pela simples observação dos comportamentos visíveis da pessoa. Por isso mesmo, é aqui que ela coloca o acento da sua abordagem da compreensão das causas de certas situações de tensão.